domingo, 15 de março de 2009

Galeria Nobre Para Marina Solda, In Memoriam

Telha "Ramalhete", Marina Solda


Galeria Nobre


Silas Correa Leite, E-mail:
poesilas@terra.com.br
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Marina Solda, a Paleta da Vida
”O que nunca morre é espaçotempo/Mas
pode chamá-lo de Mamãe/Quem nunca
abandona esta mulher/O Céu e a Terra
fecunda/Suave é o seu poder/Sempre
e sempre a nos amamentar/Desça – ela
estará lá/ Suba – ela tomará no colo.
(Lao Tsé, O Tao Feminino)

-Marina Solda, natural de Itararé-SP, “Santa Itararé das Artes”, ela mesma uma grande artista, mãe de outros tantos grandes artistas; as tintas e tons e cores de sua paleta-vida “como palavras de sua alma rica”, sensível, enternurada, oriunda de descendentes de imigrantes, que foi morar em Curitiba e lá se tornou conhecida, amada, vencedora, personalidade cultural de destaque.

-Marina da Conceição Nunes Vidal é filha da dona Alzira Nunes e do popular “Marinheiro”, irmã do boêmio Tio Jannys da Cantina do Tio de Itararé. Marina Solda possui mais de 1000 (mil) telas já pintadas e algumas vendidas para o exterior, duas para a Itália. Exposições individuais:
Assembléia Legislativa do Paraná - Curitiba - Acrílico sobre tela de linho e óleo sobre tela de linho. Coletiva no Museu Alfredo Andersen. Coletiva na Galeria Andrade Lima e Escola de Arte. Cursos de desenho - desenho livre, desenho da figura humana, xilogravura, aquarela, cerâmica, escultura e pintura. Homenageada pela Câmara Municipal de Curitiba, importante cidade onde residiu por muitos anos, pelos trabalhos realizados nos mais diversos campos como Arte, Política (assessoria parlamentar qualificada), Educação e Jornalismo.
Artista plástica revisionista, Marina Solda evidencia em suas obras a ruptura com os conceitos tradicionais da arte, propondo uma nova linguagem artística, uma espécie de Revisionismo, posição ideológica preconizando a revisão de uma doutrina política dogmaticamente fixada.

A Artista Plástica Marina Solda expôs as telas “Arte Contemporânea Sem Fronteiras” no Espaço Cultural da Assembléia Legislativa do Paraná. Paulista de Itararé, onde é muito querida, morou na capital paranaense por mais há mais de 50 anos. Suas obras expressionistas são pintadas com tinta especial importada, e o diferencial dessas obras é que elas são expostas sem molduras, possibilitando ao comprador emoldurar a tela ao seu estilo. A exposição que fez em Curitiba foi parte das homenagens ao Dia Internacional da Mulher, ocorrendo a convite da deputada Cida Borghetti (PP).

A artista Marina Solda foi noticia no “Journal of the Senate” em janeiro de 2001, para orgulho do Clã dos Fanáticos de Itararé que têm na como a mais importante personalidade feminina de destaque, valorada na arte da histórica cidade da batalha que não houve, mas de uma batalha que ainda há para cultuar seus artistas como o mote “Sempre Haverá Itararé” por intermédio deles, entre os quais se destacam nomes como Maestro Gaya (itarareense que é nome de rua em Curitiba), Armando Merege, Rogéria Holtz, Jorge Chuéri e o próprio Luiz Antonio Solda, filho ilustre da Marina e o mais importante e premiado cartunista brasileiro. Como diz Fábio Luciano no site
www.itarare.com.br:

“Marina Solda Itararé nasceu em 18 de junho de 1935 em Itararé, e faleceu em /Curitiba, dia 20 de fevereiro, 2009. “Artista de Itararé, Dona Marina, não nos deixa a sós, deixa na veia artista um belo traço de Itararé para o mundo(...) Luiz Solda cartunista e blogueiro de teclado e mouse cheio.”

Agora que a Pintora Marina Solda é uma estrela de Itararé no céu da saudade, seu nome ficará marcado pela paleta da vida que ela rebrilhou com suas tintas de presença marcante, matriarca de um clã forte e de nomes ilustres, pessoas inteligentes, criativas, porque, afinal todos os descendentes da Martina têm a quem puxar, por assim dizer; dela e do próprio patriarca da Marina, o popular Marinheiro que desenhou as matemáticas ruas de cacau quebrado de Itararé, a grande beleza urbana da Cidade Poema de Itararé.

Itararé costuma dar valor para os que a promovem em verso e prosa, artes e reinações de qualidade humanitária e ética, embora a melhor saída para os artistas de Itararé seja a Estação Rodoviária da cidade, capital artístico-cultural do sudoeste paulista, metade do caminho entre Curitiba e Sampa. Marina Solda foi o maior nome de Itararé nesse sentido. Que Itararé lhe reconheça o mérito, e lhe dê o nome de uma rua ou mesmo de uma Escola de Artes, porque Curitiba, que sempre abrigou muito bem os “andorinhas sem breque de Itararé (quem nasce em Itararé é “Andorinha”), certamente saberá testemunhar oficialmente a importância de Marina Solda, para lhe dar um nome de Rua. Já pensou, Rua Artista Marina Solda?. Afinal, quem é bom já nasce luz, e, tirando de letra, Marina Solda literalmente pintou e bordou. Essa foi a sua marca, a sua lavra, a sua passagem brilhante por este Planeta Vida.

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Silas Correa Leite – E-mail:
poesilas@terra.com.br
www.portas-lapsos.zip.net

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